O que mais te fascina na Cultura Gótica?

segunda-feira, outubro 08, 2007

Letra............... Seu Mestre mandou (PITTY)

Mais uma letra de música incrivel da nossa baiana roqueira!!


Seu Mestre Mandou

Da a pata, senta, deita
Não respire, apague a luz
Vote em mim e não discuta
Tenha fé, carregue a cruz
Seja livre, mas nem tanto
Pode criar, mas eu digo o que
Assine as três vias, entregue e aguarde,
não se preocupe, eu aviso a você!
Não se informe, xa comigo,
Durma tranquilo, confie em mim
Não se importe, sem problemas,
Deixa que eu resolvo daqui
Pra que emprego, que coisa chata
Aproveite o Carnaval
Mesmo sem luz, proteção nem dinheiro
Por favor, não mude o canal

Seu Mestre Mandou

Compre sua roupa na loja mais cara
Entre na moda, ai vem o verão
Use, abuse, finja que manda,
Mas viva com o olho aberto se não...

Punk-Rock!

E Daqui a pouco vão querer
Morar em você (4x)
Vão querer
Morar querer você
E Daqui a pouco vão querer
Morar em você(bis)
Vão quererMorar em você(3x)
Vão querer ê ê..

Seu Mestre Mandou...

Admirável Chip Novo
Anacrônico

Até as próximas novidades....

domingo, julho 29, 2007

TRIBUTO A RAUL SEIXAS







O COMEÇO DE TUDO...

Raul nasceu em 28 de Junho de 1945, em uma família conservadora da classe média baiana, mas desde cedo mostrou que veio para romper com as tradições.Seu pai gostava de ler para ele livros sobre metafísica, e aos 7 anos, Raul já se questionava sobre reencarnação e o juízo final. Em toda sua infância, ele esteve dividido entre a biblioteca do pai e o violão dado pela mãe, e por muito tempo oscilou entre ser cantor e escritor.O fato de morar ao lado do Consulado Norte Americano, foi decisivo para que Raul conhecesse o som de Elvis Presley e se apaixonasse pelo Rock.
A partir daí, Raul não parou. Em 1958 fundou com o irmão Plininho, o Rock Boy Club, para no ano seguinte junto com o amigo Waldir Serrão fundar o Elvis Rock Club, onde se reunia com os amigos para curtir um som. Destas reuniões surgiu "Os Relampâgos do Rock", seu primeiro grupo, no qual tocava junto com os irmãos Delcio e Thildo Gama. A banda fez diversas apresentações em clubes de Salvador, onde Raul escandalizava as senhoras conservadoras copiando o estilo de Little Richard, que gostava de se atirar no chão enquanto cantava.
Assim, aos 18 anos, o rock era para Raul seu próprio estilo de vida, o símbolo máximo da sua juventude e rebeldia.

SUA CARREIRA...



Para Raul Seixas, o rock era algo maior que um simples estilo musical; era todo um modo de ser, agir e pensar.
Raulzito e Os Panteras, o primeiro grupo de rock da Bahia, formado no ano de 63, era composto por: Raul, Mariano, Carlos Eládio e Carleba. A banda não era muito aceita pela sociedade, devido à inovação de comportamento que o rock envolvia.
A música da moda na época era a Bossa Nova - que Raul odiava - e a Jovem Guarda. Os fãs de Raul, como ele costumava dizer, eram os caminhoneiros e as empregadas domésticas.
Mesmo assim, Raulzito e Os Panteras conseguiram chamar a atenção: era o único grupo de rock da Bahia a tocar todo o repertório dos Beatles. Viajaram para o Rio de Janeiro e gravaram um disco, que não teve praticamente nenhuma repercussão.
Esse foi um péssimo período para Raul, que por não ter condições financeiras nem psicológicas para se sustentar no Rio, retornou, desilududido, para a Bahia.
Esse tempo na Bahia foi um período de intensa dedicação à literatura e à filosofia. Raul chega a dizer que ficou meio louco nessa época.
Foi quando ele conheceu o diretor da CBS que o convidou para trabalhar como produtor no Rio. Raul aceitou na hora.
Nesse período Raul já havia descoberto que poderia usar a música para dizer o que pensava e acreditava; que poderia passar para as pessoas, de uma forma simples e acessível, tudo o que tinha aprendido com a filosofia e com ele mesmo.
Inscreveu duas de suas músicas no Festival Internacional da Canção: Let me Sing e Eu sou Eu, Nicuri é o Diabo. Ambas foram classificadas e foi nesse momento que Raul tomou a decisão de seguir a carreira artística de fato.
Seu segundo trabalho foi um disco gravado na CBS, sem autorização, em 1971, enquanto o diretor viajava. O disco se chamava Sociedade da Grã-Ordem Kavernista (S.G.O.K) e desapareceu de todas as lojas assim que o diretor retornou ao Rio. Os membros da S.G.O.K eram Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Edy Star e Miriam Batucada.
Daí em diante foram muitos os discos lançados e com eles, os maiores sucessos da carreira de Raul.
Alguns o amavam, outros o odiavam. Achavam Raul estranho e louco demais para esse mundo.
Mas Raul não desistiu. Nos altos e baixos de sua carreira artística, diante do reconhecimento ou não, ele foi até o fim difundindo o que acreditava; mesmo nos momentos em que se sentia mais sozinho.
Existiram trabalhos sem um caráter filosófico, nos momentos em que Raul se sentia cansado. Uah-Bap-Lu-Bap-La-Béin-Bum ! (de 87) é fruto de um desses momentos. É um disco em que Raul faz um bom Rock'n Roll, sem maiores preocupações com a mensagem que é passada. Para Raul, o Rock'n Roll havia morrido em 59, e esse disco foi uma tentativa de resgatar o bom e velho rock em suas origens.
Contudo, a maior parte do trabalho de Raul, o músico-filósofo, possui uma preocupação com o conteúdo da mensagem. Seu trabalho é norteado pela idéia da Sociedade Alternativa, do individualismo no bom sentido, onde cada pessoa é única. Trata do poder da vontade, no respeito à própria pessoa, no "faz o que tu queres, pois é tudo da lei".


O QUE VEIO DEPOIS?


No dia 21 de Agosto de 1989, o Brasil ficou menos Maluco Beleza. Raul Seixas foi encontrado morto no seu apartamento em São Paulo. O seu corpo foi sepultado em Salvador diante dos olhares de milhares de fãs.
A morte, no entanto, não foi o fim da sua mensagem, ironicamente alguns segmentos do público perceberam a sua importância apenas neste momento.
Em 1990, Sylvio Passos lançou o livro "Raul Seixas por ele mesmo" e deu o pontapé inicial no projeto Museu e Fundação Raul Seixas.
No ano seguinte os trabalhos de Raul foram relançados em CD, junto com o lançamento do álbum "Eu, Raul Seixas".
O maior projeto envolvendo sua obra foi idealizado por Kika Seixas e lançado em 1992. O Baú do Raul, começou com shows e o lançamento de um livro e um disco com raridades. O show realizado na Concha Acústica, conseguiu reunir Marcelo Nova, Os Panteras, Dr.No e Metamorphose Ambulante.
Em 1993 foi publicado "O RaulSeixismo", livro do poeta Costa Senna, seguido pelo lançamento do curta "Tanta Estrela por Aí", no qual Rita Lee interpreta Raul, o que marcou o lançamento de "O Baú do Raul II". Ainda em 1993, Raul foi tema da tese de mestrado de Luciane Alves, o que resultou no livro "Raul Seixas e O Sonho da Sociedade Alternativa".
Em 1994, Zé Ramalho, seu sucessor nas paradas de São Tomé das Letras (MG), foi uma das atrações do show "O Baú do Raul III", que contou ainda com Lee Marcucci e Arnaldo Brandão (Hanoi Hanoi). O ano foi marcado ainda pelo lançamento do disco "Se o Rádio não Toca", que traz material inédito de vários shows de Raul; e pelo sucesso de vendas da coletânea "Maluco Beleza", que recebeu Disco de Platina.
1995 foi marcado por homenagens populares, que incluíram um tributo na VIII Feira de Artes da Vila Pompéia, a comemoração dos seus 50 anos pela Câmara Municipal de Fortaleza e uma passeata onde cerca de 3000 fãs caminharam cantando as músicas de Raul. Foi também neste ano que a MTV Brasil se rendeu ao talento de Raul, apresentando o especial Rockestória e premiando sua obra com o MTV Music Video Awards.
Em 1998, Kika Seixas lançou o disco e o vídeo "Raul Documento", com músicas cantadas por ele em inglês e alguns arranjos inéditos.
Mesmo decorridos dez anos desde a sua morte, Raul ainda está presente na mente daqueles que acreditavam nos seus ideais. Em Salvador, os fãs continuam visitando seu túmulo nos aniversários de nascimento e morte, originando encontros e confraternizações entre os Raulseixistas que juntos cantam emocionados.

quinta-feira, maio 10, 2007

O jogo do copo..

Vamos fazer o jogo do copo
José Lucas
A espiritualidade vai despertando cada vez com mais força junto dos jovens. A vontade de falar com os espíritos é grande e por vezes metem-se em aventuras que podem ser perigosas, como o jogo do copo.
05h10 da manhã. O telefone tocou! Alvoroço em casa, pensa-se logo o pior! Quem terá morrido? Quem terá tido um acidente? Ou seria alguma chamada urgente do trabalho? Ou alguma brincadeira de mau gosto por parte de quem tem insónias? Não, não era brincadeira. O telefonema era a sério.
Uma amiga nossa, de 15 anos de idade, de uma cidade vizinha, estava do outro lado da linha, num descontrole nervoso por demais evidente. A história conta-se em breves pinceladas.
Sofia, de 15 anos de idade, tinha feito uma sessão mediúnica para tentar falar com os espíritos, e assim tentar saber notícias do seu primo, há cerca de dois anos desencarnado (falecido) num desastre de moto. Juntou-se mais uns amigos e já não era a primeira vez que o faziam. À volta de uma mesa utilizavam o jogo do copo, com um abecedário em volta, a palavra sim e não, números de 0 a 9 e invocavam a presença de pessoas já falecidas. Nessa noite, Sofia vira o copo a mexer, (como aliás das outras vezes) e ao perguntarem quem estava presente a resposta fora: "Satanás". Entre outras "revelações" chocantes, acabaram por terminar o jogo.
Ela, Sofia, ficou assustadíssima, não conseguia dormir, pois acreditava que tinha comunicado com o Satanás.
O Espiritismo precisa ser estudado... como aliás, qualquer outra ciência
Lá lhe explicámos que o Satanás não existe, que diabos somos nós quando praticamos o mal, quando odiamos, matamos, etc. Foi-lhe igualmente explicado que não acreditasse no que fora dito pois eram espíritos galhofeiros, que pretendiam assim explorar a credulidade alheia para se divertirem com a inexperiência desses jovens. Com um pouco de tempo, a jovem lá se acalmou sob juras de nunca mais voltar a fazer tal brincadeira.
Temos recebido na associação onde colaboramos, nas Caldas da Rainha, na Associação Cultural Espírita, muitos reportes de jovens que aparecem perturbados depois de fazerem o jogo do copo.
Aconselhamos vivamente a que não o façam, pois podem correr sérios riscos de perturbação espiritual.
O contacto com o mundo espiritual é perfeitamente natural e normal, mas, como tudo na vida, obedece a certas normas de segurança que urge conhecer. Não pegamos num automóvel sem aprender a conduzir, não nos submetemos a um exame escolar sem estudar previamente. Também assim, quem pretende comunicar com o mundo espiritual pode fazê-lo, mas deve estudar primeiro, informar-se e depois, dentro de certas condições de segurança então poderá efectuar esses contactos normalmente.
Aconselhamos seriamente as pessoas a estudarem os livros de Allan Kardec , nomeadamente «O Livro dos Médiuns» que explica todas as nuanças desta actividade. Igualmente se aconselha que as pessoas interessadas neste intercâmbio, se dirijam a uma associação espírita, se informem, e apenas pratiquem a mediunidade dentro da associação espírita, onde o podem fazer em segurança, se aí não houver qualquer tipo de interesse e / ou comércio.
O contacto com o mundo espiritual é perfeitamente natural e normal, mas, como tudo na vida, obedece a certas normas de segurança que urge conhecer.
O Espiritismo é uma doutrina universalista, e como tal, qualquer pessoa pode dentro dos parâmetros de segurança que Allan Kardec estabeleceu em «O Livro dos Médiuns», comunicar com o mundo espiritual, o que lhe confere a autenticidade do fenómeno, já que não depende da crença no espiritismo ou em outra corrente filosófica e / ou religiosa para que se obtenham resultados.
No entanto, reforçamos, não o devem fazer nas escolas, em casa, por curiosidade ou divertimento (cujas consequências podem ser perigosas) mas sim devem contactar uma associação espírita, estudarem, e aí sim, quando tiverem oportunidade, integrarem-se nas suas actividades (não correndo assim qualquer risco).
O Espiritismo é uma doutrina muito lógica, que corresponde às expectativas de todos nós, explicando o porquê da vida, das suas dissemelhanças bem como abrindo novos horizontes para o porvir do homem. No entanto, como qualquer outra ciência, ele tem de ser... estudado. E , para isso, não há nada melhor do que começar pelo «O Livro dos Espíritos», «O Evangelho segundo o Espiritismo», «O Livro dos Médiuns», «A Génese» e «O Céu e o Inferno», todos eles de Allan Kardec.

O Cosmo...


ESPIRITISMO


O QUE É SER ESPIRÍTA?

O que é ser espírita?
Orson Peter Carrara
Se consultarmos o dicionário ele nos indicará tratar-se de pessoa vinculada ao Espiritismo. Se perguntarmos a quem não é espírita, uns ironizam (dizendo por exemplo que os espíritas "mexem" com os mortos), outros temem, outros permanecem indiferentes. Se indagarmos aos próprios espíritas, uns dirão que é ir ao Centro, tomar passe, ouvir ou fazer palestras, ler livros. Outros dirão que é fazer caridade. As respostas serão várias, mas todas incompletas. O melhor então é buscarmos nos livros da própria Codificação, a partir de O Livro dos Espíritos.
Em O Livro dos Espíritos, na conclusão (item VII), o Codificador apresenta uma classificação dos adeptos:
Os que acreditam;
Os que acreditam e admiram a moral espírita; e
Os que crêem, admiram e praticam. Segundo Kardec, esses últimos são os verdadeiros espíritas, ou os espíritas cristãos.
No livro O Céu e o Inferno, que apresenta coletânea de inúmeras comunicações de espíritos nas mais diversas condições, há uma manifestação interessante de espírito que se encontra classificado como Espírito feliz, fruto de uma conduta digna quando na Terra. Trata-se do espírito identificado pelo nome de Jean Reynaud. Indagado se na vida física ele professava o Espiritismo, respondeu: "Há uma grande diferença entre professar e praticar. Muita gente professa uma Doutrina, mas não pratica. Pois bem, eu praticava e não professava."
Professar significa reconhecer publicamente, declarar-se adepto, dizer de si mesmo, fazer propaganda da idéia. Pois bem, aí está a chave da questão. A situação de felicidade do Espírito devia-se à vivência dos princípios do Espiritismo, mesmo sem conhecê-lo.
Breve consulta ao capítulo XVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo no item O Homem de Bem e Os bons espíritas, faz compreender que as características coincidem com os preceitos morais que justificam a denominação de espíritas cristãos, conforme definição do próprio Codificador, pois aí surge a figura do espírita praticante.
A questão pode ser fechada com trecho do Espírito Simeão, constante do capítulo X - do mesmo livro citado no parágrafo anterior -, item 14. No último parágrafo, diz o Espírito: "(...) Se vós vos dizeis espíritas, sede-o pois; olvidai o mal que se vos pôde fazer e não penseis senão uma coisa: o bem que podeis realizar. (...)".
Ora, o trecho transcrito bem indica o programa de vivência espírita. Para colocá-lo em prática, há que se esforçar para vencer as más tendências e ainda ocupar-se de fazer o bem. Eis o que é verdadeiramente ser espírita: a adoção dos preceitos morais como diretrizes da própria conduta ou o esforço para a eles se adaptar. O ser espírita é mais uma questão de foro íntimo, que de aparências externas.

quarta-feira, maio 02, 2007

Cemitério


Meu berço, onde durmo e sinto paz

aqui esqueço o mundo, um mundo

quadrado, com gestos de terror.


Aqui eu posso ser livre...


Marcio Guimarães.

Esculturas góticas - "A sombra esta do seu lado.."


segunda-feira, março 12, 2007

Gótico Ser ou Não ser?


Os Góticos



O termo gótico na subcultura

O termo gótico (do inglês: goth ou gothic) foi usado através dos séculos sob vários significados, às vezes sem ligação alguma. Em algum momento histórico ele pode ter designado certo povo bárbaro que veio a invadir o império romano, mas não devemos nos apegar a isso para não confundir o leitor, pois com o passar do tempo termo ganhou o significados diferentes. A palavra agrega sentidos que lembram: vitoriano, medieval, onírico, sombrio, assustador, fastamagórico, macabro, amedrontador, etc. O uso do termo para designar a subcultura desvinculada da cultura original veio de uma ironia. Na passagem de 70 para 80 o estilo comportamental, visual e musical do qual tratamos estava se desenvolvendo na Inglaterra, e por brincadeira era chamado assim, gótico. Na metade da década de 80 o estilo já havia se disseminado por vários outros países (incluindo o Brasil) e o termo acabou por ir junto com ele e até hoje é usado para denominar a subcultura.

Enganos frequentes sobre o tema
Desde a década de 90 a subcultura começou a sofrer de algumas distorções por parte de enganos freqüentes como o de que o termo gótico sempre esteve ligado através da história e, portanto os góticos de hoje seriam legítimos descendentes dos visigóticos, godos, ostrogodos, etc. Que esses mesmo teriam iniciado o estilo arquitetônico de construções sacras e também a literatura, quando na verdade as catedrais góticas só começaram a ser construídas no século XI e nem sequer se recebiam esse nome na época em que foram instauradas como arte sacra, pois expressavam a ideologia e estética da igreja católica na época. Os renascentistas e iluministas, que se opunham à ideologia católica da época medieval as chamaram pejorativamente “Góticas” muito depois, justamente como critica. Na época de sua construção eram chamadas "opus francigenarum"(arte francesa). Quanto aos bárbaros "Godos" que invadiram o império romano foi um acontecido dado por volta do século V, logo se vê então que são mais de cinco séculos de diferença histórica cultural, o que já havia feito uma diluição da cultura dos godos na Europa. Do marco da construção das catedrais góticas (Do século XI até XIV) até a época em que surgiu um movimento literário chamado gótico e outro chamado romantismo (Século XVIII para XIX) já haviam se passados mais outros tanto séculos de diferença cultural e, portanto, a imagem de Gótico foi estabelecida como sombrio, fantasmagórico, misterioso, para criticar aqueles que tinham criticado o fim da Idade Média. O que era um nome pejorativo passou a ser um nome designador de uma estética “legal”. Terminamos assim de falar do sentido da palavra através do tempo sem ligá-la totalmente à subcultura e mostrar que até esse ponto os góticos do movimento iniciado na década de 80 não são descendentes dos Góticos dos séculos passados de forma alguma, pois nem sequer eles mesmos tiveram alguma ligação através de suas época. A ligação dos góticos contemporâneos com os antigos movimentos artísticos assim entitulados está nas músicas e na estética de forma indireta. Pra começar a subcultura gótica não possui literatura própria, mas existem vários estilos literários apreciados por seus integrantes, entre eles, no Romance Gótico (Walpole, Mary Shelley, etc), Romantismo (William Blake, Lord Byron, Edgar Allan Poe, etc) a poesia Simbolista/Decadentista (Baudelaire, T.S.Elliot, Rimbaud, Oscar Wilde, etc) o romance Existencialista (Camus, Sartre, etc), Literatura Beat (Gisnberg, William Burroughs), etc. Dessa forma esse movimento fez releituras ou sátiras da Literatura Gótica. Essa Literatura também serviu de tema para movimentos artísticos anteriores, que influenciaram o movimento estético dos anos 1980, como por exemplo o Expressionismo. Outro engano freqüente é a ligação do estilo musical do gótico com outro com o qual nunca teve nenhum contato. Mas para isso é preciso primeiramente conhecer o verdadeiro conceito musical e as verdadeiras raízes da cena gótica ou darkwave como seus membros gostam de chamá-la.
O cerne do movimento dark se encontra no pós-Punk inglês do final dos anos 1970, como uma nova subcultura juvenil que se articula dentro do rock numa inversão de valores ancorada no “do it yourself”. Como ressalta a socióloga Helena Wendel Abramo em seu livro Cenas Juvenis - Punks e Darks no Espetáculo Urbano: “O nome dark foi posteriormente assumido por uma tribo mais jovem, já na segunda metade dos anos 1980, que se vestia quase exclusivamente de negro, e que se considerava ‘filiada’ ao som e ao estilo do rock paulista. Dessa forma, o título passou a identificar, retrospectivamente, o grupo original, e servindo para designar, de certo modo, tanto a sua produção musical quanto algumas das bandas inglesas que eram referência para o grupo tais como The Cure, Joy Division, Siouxsie and the Banshees e The Sisters of Mercy”.

Cultura Gótica - OS VAMPIROS


VAMPIROS


A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII. Tem origem no idioma sérvio como Vampir, e sua forma básica é invariável nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro.
Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos, sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Assim, suas vítimas também tornavam-se vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se mortos-vivos vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.
O lendário Livro de Nod narra a origem dos vampiros. Além de A Crônica das Sombras revelando os ensinamentos ocultos de Caim; e A Crônica dos Segredos que revela os mistérios vampíricos.
A tradição judaico-cristã, prega a origem dos vampiros associada aos personagens bíblicos Caim e Abel. Como é descrito no Livro de Nod, Caim foi amaldiçoado por Deus pelo assassinato de seu irmão, Abel. Os Anjos do Criador foram até ele exigir que se redimisse. Orgulhoso, recusou-se e acatou as punições impostas pelos Anjos. A partir deste momento, Caim via-se condenado a solidão e vida eterna, temendo o fogo e a luz, longe do convívio dos mortais.
Caim foi anistiado por Deus após sofrer durante uma era inteira. De volta ao mundo terreno dos homens, fundou e fez-se rei da primeira cidade chamada Enoque. Mas ainda temia a luz, o fogo, e a solidão da eternidade.
Passado-se muitos anos de prosperidade em Enoque, Caim ainda sentia-se só devido a sua imortalidade. Abatido e desmotivado, acabou por cometer outro grande erro: gerou três filhos, que posteriormente geraram outros. Seguiram-se tempos de paz até que chegou o grande dilúvio e lavou toda a Terra. Na cidade de Enoque, sobreviveram apenas Caim, seus filhos, netos e uns poucos mortais. Caim recusou-se a reconstruir a cidade, pois considerava o dilúvio um castigo divino por ter subvertido as leis naturais e gerado seres amaldiçoados como ele. Assim, sua prole reergueu Enoque e assumiu o poder perante os mortais.
Após um período de paz e prosperidade, os sucessores de Caim passaram a travar batalhas entre si. A autoridade dos governantes foi revogada, e tanto os mortais como os membros da prole sentiam-se livres para fundar outras cidades e tornar seu próprio rei. Dessa forma, os imortais ascendentes de Caim, espalharam-se por toda a Terra.
Nesta versão da origem dos vampiros, vimos que tudo teve início com uma maldição divina atribuída a Caim, e depois herdada por sua prole. Porém, torna-se muito difícil estabelecer um limite entre os fatos e as lendas que circundam o mito vampírico, já que boa parte destas informações confunde-se entre os relatos e pesquisas históricas coerentes, com a ficção dos filmes e RPG’s.
Na lenda de Caim, a conotação do termo Vampiro ainda está ligada apenas ao sentido de imortalidade, solidão e aversão a luz. A relação estabelecida entre a longevidade e a sede pelo sangue (que caracteriza a imagem mais comum dos vampiros), deve-se possivelmente, a personagens lendários que viviam anos incalculáveis alimentando-se de sangue humano, após terem firmado supostos pactos com entidades malignas. Outras versões são encontradas em diferentes culturas, e todas combinam fatos históricos com a crendice regional. Portanto, a maior parte dos povos possui uma entidade sobrenatural que alimenta-se de sangue, imortal e considerada maldita. O mito do vampiro é um ponto comum entre várias civilizações desde a Antigüidade.
Uma das maiores referências do mito vampírico é o sanguinário Vlad Tepes (ou Vlad III), que existiu realmente no século XV na Transilvânia. Porém, ele governou apenas a Valáquia, que era uma região vizinha. Apesar da crueldade extrema com os inimigos, Vlad III não possuía nenhuma ligação com os vampiros. O termo Drácula (Dracul, originalmente significa Dragão) foi herdado de seu pai, Vlad II, que foi cavaleiro da Ordem do Dragão. Provavelmente, a confusão se deu através da semelhança entre os termos Drache, que era o título de nobreza atribuído à Vlad II, e Drac que significa Diabo.
A relação entre Vlad III e o mito vampírico foi dada pelo escritor Bram Stocker. O autor de
Drácula inspirou-se (provavelmente) nas atrocidades cometidas por Vlad III, e as incorporou em seu personagem principal. A partir deste momento, Vampiro e Drácula tornaram-se praticamente sinônimos na literatura e nas crenças populares.
No Brasil também encontra-se mitos relacionados aos vampiros e outros seres semelhantes. Neste caso, os registros entrelaçam-se com o rico folclore das várias regiões do país. Desde os centros urbanos, até as áreas menos desenvolvidas do Brasil, é comum ouvir-se relatos dos ataques sanguinários de criaturas que perambulam pelas madrugadas. Na maioria das vezes, essas histórias assemelham-se muito com as lendas européias.
Na mitologia indígena existe o Cupendipe, que apesar de não possuir a sede de sangue caracterizada pelos vampiros, possui asas de morcego, sai de sua gruta apenas durante a noite e ataca as pessoas usando um machado.
No nordeste brasileiro conta-se a história do Encourado. Um homem de hábitos noturnos, que usa trajes de couro preto, exalando um odor de sangria. O Encourado ataca animais e seres humanos para sugar-lhes o sangue. Prefere as pessoas que não freqüentam igrejas. Porém, os habitantes das cidades por onde o Encourado passa, oferecem-lhe o sacrifício de criminosos, crianças ou animais de pequeno porte.
Em Manaus, há relatos da presença de uma vampira que atacava os moradores, sugando o sangue através da jugular e deixando marcas de dentes em sua vítimas, exatamente como é contada nos cinemas. Após os ataques, a vampira corria em direção a um rio e transformava-se em sereia, desaparecendo na água. A Vampira do Amazonas possui a capacidade de transmutar-se e força física descomunal.
Em maio de 1973 no município paulista de Guarulhos, foi encontrado o corpo de um rapaz com as perfurações características em seu pescoço. Esse é apenas um exemplo da hipotética ação de vampiros em zonas urbanas. Neste caso, os relatos transcendem a fronteira da boataria e do folclore.

POR SPECTRUM

sábado, janeiro 27, 2007

Os mistérios e os segredos do Pentagrama...

Uma super materia, para esclarecer todas nossas duvidas, desse poderoso amuleto, e simbolo muito usado na cultura Wicca... Confirem!

Pentagrama

O Símbolo através da História



A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de forças e energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem identificar. Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos ou riscos que faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos muitos objetos, imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada povo.
O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos, pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência onipresente entre os neopagãos com vasta profundidade mágica.


Origens e difusões

Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.
O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina tradicional. Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento específico: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).
A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas por Pitágoras e posteriormente por seus seguidores, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como A Proporção Divina, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos. Era um símbolo divino para os druidas. Para os celtas, representava a deusa Morrighan (deusa ligada ao Amor e a Guerra). Para os egípcios, era o útero da Terra, mantendo uma relação simbólica com as pirâmides.
Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo das cinco chagas de Cristo. Desse modo, visto como uma representação do misticismo religioso e do trabalho do Criador. Também era usado como símbolo da comemoração anual da visita dos três Reis Magos ao menino Jesus. Ainda, em tempos medievais era usado como amuleto de proteção contra demônios.
Os
Templários, uma ordem de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem; além de grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da Ordem dos Templários, ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Ainda é possível perceber, a profunda influência do símbolo, em algumas Igrejas Templárias em Portugal, que possuem vitrais na forma de Pentagramas. No entanto, Os Templários foram dizimados pela mesquinhez da Igreja e pelo fanatismo religioso de Luis IX, em 1303. Iniciou-se assim a Idade das Trevas, onde se queimavam, torturavam e excomungavam qualquer um que se opusesse a Igreja. Durante esse longo tempo de Inquisição, a igreja mergulhou no próprio diabolismo ao qual se opunha. Nessa época o pentagrama simbolizou a cabeça de um bode ou do diabo, na forma de Baphomet, o mesmo que a Igreja acusou os Templários de adorar. Assim sendo, o pentagrama passou de um símbolo de segurança à representação do mal, sendo chamado de Pé da Bruxa. Assim, a perseguição da Igreja fez as religiões antigas se ocultarem na clandestinidade.
Ao fim da era das Trevas, as sociedades secretas começam novamente a realizar seus estudos sem o medo paranóico das punições da Igreja. Ressurge o Hermetismo, e outras ciências misturando filosofia e alquimia. Floresce então, o simbolismo gráfico e geométrico, emergindo a Renascença numa era de luz e desenvolvimento. O pentagrama agora, significa o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina. Agrippa (Henry Cornelius Von de Agrippa Nettesheim), mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo.
Posteriormente, o pentagrama também foi associado aos quatro elementos essenciais (terra, água, ar e fogo) mais o quinto, que simboliza o espírito (A Quinta Essência dos alquimistas e agnósticos)
Na
Maçonaria, o Laço Infinito (como também era conhecido o pentagrama, por ser traçado com uma mesma linha) era o emblema da virtude e do dever. O homem microcósmico era associado ao Pentalpha (a estrela de cinco pontas), sendo o símbolo entrelaçado ao trono do mestre da Loja.
Com
Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant), o pentagrama pela primeira vez, através de uma ilustração, foi associado ao conceito do bem e do mal. Ele ilustra o pentagrama microcósmico ao lado de um pentagrama invertido (formando a cabeça do bode, Baphomet).
O pentagrama voltou a ser usado em rituais pagãos à partir de 1940 com Gerald Gardner. Sendo utilizado nos rituais simbolizando os três aspectos da deusa e os dois do deus, surgindo assim a nova religião
Wicca. Desse modo, o pentagrama retoma sua força como poderoso talismã, ajudado pelo aumento do interesse popular pela bruxaria e Wicca, que à partir de 1960, torna-se cada vez mais disseminada e conhecida. Essa ascensão da Wicca, gera uma reação da Igreja da época, chegando ao extremo quando Anton LaVey adota o pentagrama invertido (em alusão a Baphomet de Levi), como emblema da sua Igreja de Satanás, e faz com que a Igreja Católica considere que o pentagrama (invertido ou não) seja sinônimo de símbolo do Diabo, difundindo esse conceito para os cristãos. Assim naquela época, os Wiccanos para se protegerem dos grupos religiosos radicais, chegaram a se opor ao uso do pentagrama.
Até hoje o pentagrama é um símbolo que indica ocultismo, proteção e perfeição. Independente do que tenha sido associado em seu passado, ele se configura como um dos principais e mais utilizados símbolos mágicos da cultura Universal.